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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Strain Couterstrain


Strain counterstrain (SCS) é uma técnica osteopática usado por osteopatas e terapeutas manual para o alívio da dor e disfunção músculo-esqueléticas associadas e de origem neuromuscular.

Foi descoberta e desenvolvida pelo Osteopata Lawrence Jones em 1964 na tentativa de aliviar a dor de um paciente com queixa de lombalgia intensa. Este já havia tentado vários tratamentos com diversos profissionais e não conseguia aliviar essa dor que lhe impedia de manter a postura ereta. Quando relatou que se conseguisse ao menos dormir, seria bom para ele, então Dr. Jones procurou a posição de maior conforto para que o seu paciente pudesse dormir, e ao levantar-se, este conseguia ficar em pé normalmente e a dor havia aliviado. Depois o Dr. Jones fez vários testes com a técnica e dedicou vários anos da sua vida ao estudo da posição de maior conforto para cada músculos.

A liberação posicional (Positional release terapy – PRT), como também é conhecida, consiste em um procedimento posicional passivo que coloca o corpo em uma posição de maior conforto, aliviando a dor pela parada da atividade proprioceptiva inadequada, reduzindo a irritabilidade do ponto sensível e normalizando os tecidos associados à disfunção.

A associação entre pontos sensíveis miofasciais e a disfunção musculo-esqueletica deve-se ao sedentarismo e a repetição ocupacional. Um número pequeno de músculos tende a ser utilizado em excesso, enquanto os demais tornam-se hipotrofiados, reduzindo sua capacidade de tolerar cargas ou tensões (D’Ambrogio e Roth5 2001).

A hipótese de a TLP apresentar resultados satisfatórios na redução da tensão sobre as ligações cruzadas colagenosas (sistema miofascial), parece ser proveniente da ruptura das ligações eletroquímicas e uma reconversão ao estado coloidal. Outras hipóteses seriam a alteração da condição da matriz fascial; equilíbrio de tensão do organismo ou uma redução dos estresses biomecânicos anormais com a estimulação dos receptores da dor. Portanto, a TLP parece ser capaz de aliviar a tensão tanto no nível neuromuscular como fascial (D’Ambrogio e Roth5 2001).

Segundo Irwin Korr (1975), o sistema gama pode facilitar descaras exageradas dos neurônios aferentes produzindo espasmo muscular reflexo o que fixa a articulação em uma determinada posição. Criando um ciclo dor- espasmo - dor. A aproximação da origem e inserção dos músculos, seja de forma ativa ou passiva, é capaz de diminuir ou até mesmo silenciar a descarga fusal.

Por tanto, os Fisioterapeutas e Osteopatas utilizam com frequencia esse recurso na busca de eliminar os sintomas e diminuir o numero de atendimentos e pois, alem de tentar remodelar os componentes do corpo, reduzem o estresse da estrutura no sistema melhorando a qualidade de vida dos pacientes

A técnica

A técnica inicia-se pela palpação local a procura dos pontos sensíveis (Tender Points), ao localizá-los coloca o segmento corporal numa maior posição de conforto, os tender points localizados anteriormente no segmento são mais aliviados em postura de flexão e os posteriores em postura de extensão. Deve-se tratar primeiramente a região de maior acumulo de tender point, e nesta localizar primeiro o central para tratá-lo.

Em pacientes ortopédicos mantém na posição de conforto por 90 segundos e os neurológicos por 3 minutos ou até perceber fenômeno de liberação miofascial (calor, tremor e vibração) e retorna a posição inicial lentamente.

Indicações e contra-indicações

O PRT é indicado para qualquer fase do tratamento, para qualquer idade em lesões ortopédicas, neurológicas e esportivas, quando se tem uma dor, associada a um espasmo muscular. Já que os principais objetivos da técnica é diminuir a dor e reduzir a tensão do tecido, além de proporcionar aumento da micro circulação, diminuição do micro edema local e da hipomobilidade articular. Devendo ser evitado em casos de fraturas ou processos de cicatrização, tumores malignos, feridas abertas e hematomas, artrite reumatóide severa e hipersensibilidade extrema ao toque.

Referências Bibliográficas

· Castro, FM; Gomes, RCV; Salomão, JR; Abdon, APV. A efetividade da terapia de liberação posicional (TLP) em pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 2006 jan-abr; 18(1)67-74.

· COLLINS, Cristiana Kahl; HELLMAN, Madeleine. A study on the effectiveness of strain couterstrain on the treatment of chronic ankle instability resulting from a lateral ankle sprain. Nova Southeastern University, 2010. Disponível em: http://gradworks.umi.com/33/97/3397940.html. Acesso em: 16 de Agosto de 2010.

· D’AMBROGIO, Kerry J.; ROTH, George B. Terapia de liberação posicional (PRT): avaliação e tratamento da disfunção músculoesquelética. São Paulo: Manole, 2001.

· HUTCHINSON, James R. An investigation into the efficacy of straincounterstrain technique to produce immediate changes in pressure pain thresholds in symptomatic subjects. Disponível em: http://unitec.researchbank.ac.nz/bitstream/handle/10652/1355/fulltext.pdf?sequence=1. Acesso em: 16 e Agosto de 2010.

· Korr, I. (1975). Proprioceptors and somatic dysfunction. J Am Osteopath Assoc, 74(7), 638-650.

· MORAES, Márcio Ferreira de. Terapia manual na dor miofascial. Disponível em: http://www.viaempresa.com.br/ve00208/tm_na_dor_miofascial.htm. Acesso em: 16 de gosto de 2010.

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